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The Brazilian Thread - Part 4 - Elle me dit qu'on ne peut pas trouver un nom.


Fran

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  • 2 weeks later...
  • 4 weeks later...

Ok, como vcs sabem, ontem, depois de 6 anos realizei um dos meus maiores sonhos e encontrei o hômi.

Ainda não sei o que pensar disso... é uma coisa muito bizarra. Não consigo pensar em nada pra escrever que possa traduzir isso.

Mas, do mesmo modo, acho muito injusto não compartilhar com vcs, mesmo que de uma forma confusa, as coisas que rolaram ontem.

 

Bom, o que eu consigo escrever:

O Mika é lindo

alto

tem o sorriso mais lindo do mundo

alto pra cacete

topete ~~da hora~~

se veste bem

não consegui sentir o cheiro dele

 

:cheer::cheer::cheer:

 

Ainda não tou 100% recuperado de ontem... e hoje tem mais.

hoje vou levar uns bbrigadeiros...:naughty: vamos ver se ele vai gostar.

 

ah! só vos peço uma coisinha: deixem essa bandeira do Brasil só por aqui. Eu quero postá-la no facebook/instagram/twitter/etc antes, mas até eu conseguir juntar tudo o que eu quero falar sobre o que aconteceu, já vai ter se passado 500 anos e acabaria não postando aqui...

 

bom... é isso...

tou sonhando ainda com tudo isso... espero ter conseguido passar um tiquinho da emoção pra vcs...

:group_hug::wub2:

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Wes, tô tão feliz por ti que que tô parecendo retardada (felizmente não tem ninguém por perto aqui no estágio) :aah::huglove:

 

conte-nos mais detalhes sobre esse moço bonito que vc conheceu, pfvr :teehee:

 

Awwwwwww Wes, que lindo! :wub2::wub2::wub2: Conta maaais!

 

Wes seu lindo, tô emocionalmente muito abalada pra falar qualquer coisa :teehee: então só nas figurinhas :naughty:

:hi5::fangurl::swoon::rolls_eyes::pbjt::cheers::brazil:

calma que a coisa é muito lenta por aqui... hahaha

talvez essa noite ou amanhã eu sento a bunda na cadeira e escrevo...

mas ainda tou assim: :swoon:

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Wes vem contar dos docinhos que você fez para o magrelo :wub2:

Vem ... :naughty:

 

:mikalove:

:huglove:

 

ai gente... como vcs já bem sabem sou uma criatura MUITO lerda, então as coisas precisam de um tempo... não sei como Katia me aguenta, sério.

hahahah

 

Então. Segunda e terça agora, 17 e 18, fui novamente (claro) às gravações do The Voice. No sábado teve também, mas eu tava meio doente, ai acabei não indo...

 

Enfim. O dia 17 foi meio escroto. A gravação demorou muito, Mika tava animado, mas não muito, o M&G tinha uns ~~fãs~~ adolescentes que tavam estéricos, não paravam de gritar. Sério, eles assustaram muito o homi, tadinho. Ele mal saiu do carro e uma galerinha avançou em cima dele, o pobre deu até uns 3 passos pra trás de assustado. Tadinho...

 

Mas a terça... a terça...:mikacool::fisch:

Bom, a terça foi linda. Teve um gosto especial, de verdade. Não só por ser a última gravação do The Voice (:crybaby:), mas pq tava mágico... sei lá. A energia tava muito boa naquele dia. Não dá pra explicar.

A gravação foi ótima, Mika tava super animado com todo. E, claro, eu dançando com outros fãs do magrelo.

:fisch:

Finda a gravação, um frio do cacete, por sinal, fomos pra saída do estacionamento, como habitualmente. Só que, como era a última gravação, ia rolar um ensaio fotográfico e tava rolando uma festinha e corria o risco do magrelo ficar até umas 5h da manhã lá.

Como somos todos um tico retardados, fomos ficando por lá.

No começo tinham umas 30 pessoas esperando, no final éramos nós mais 7, no máximo.

Como tava rolando a festa, e dava pra gente escutar, ficamos dançando feito um bando de retardados... :group_hug:

Sério, só a espera e estar com a galera foi lindo. O pessoal daqui é foda. Só xingando pra traduzir... sorry :teehee:

Ai, umas 3 e pouca da manhã, o lindão aparece. Com uma cara de cansado que dava pra se notar ao longe, o pobre tava com umas olheiras enoooormes. Sério, ele tava bem cansadinho. Vontade de pegar no colo e ninar, que só Deus sabe.

1a coisa que o homi disse: Vocês não dormem não? Nem sentem frio?

A Mélanie respondeu que não e que a gente espantou o frio dançando com a música da festa.

O bicinho tava tão cansado que respondeu sobre a gente dançando lá dentro. Do tipo, ele falando que a gente tava dançando muito (e olhando pra mim agora) e vc eu vi dançando ontem e hoje, adorei!

eu: :shocked:

Depois disso o pessoal foi entregar as coisas pra ele e pegar os autógrafos.

Dessa vez eu levei dois CDs: um do Tom Jobim e outro do Baden Powel.

Na minha vez, entreguei o presente, que tava embalado numa bandeira brasileira impressa. E falei que eram dois albuns de dois grandes músicos brasileiros: Tom Jobim e Baden Powel.

Ele: Ah! Cool! Eu não conheço, mas vou escutar sim (eu: :shocked:). Eu gosto muito do Milton Nascimento também.

Se eu não tivesse travado, teria respondido: EU SEI, LINDO!! SOU TEU FÃ (e adoro o Milton até antes de te conhecer) E EU DE TUDO QUE VC FALA DO MEU PAÍS/ARTISTAS.

 

Bom, o magrelo continuou falando alguma coisa comigo, mas, sinceramente não lembro. Acho que nessa hora meu espírito saiu do meu corpo, pq não lembro... de verdade.

 

Depois, quando voltei pro meu corpo.

O MIKA

AGRADECEU

MEUS

DOCINHOS!!!

 

(Na 2a gravação eu levei brigadeiros e no sábado, que eu tava meio mal, fui até o estúdio e deixei com o pessoal um pote de beijinhos de coco pra dar pro magrelo)

 

e tipo, ele comeu... E ELE DISSE: "J'AI ADORÉ LE BONBON DE NOIX DE COCO!"

"EU

ADOREI

O

DOCINHO

DE

COCO!"

EU> :swoon:

 

tipo... ele comeu os docinhos que fiz com minhas próprias mãos... E ADOROU!

:shocked:

 

sério... fiquei muito embasbacado nessa hora.

:wub2:

 

Agora já sabemos o que dar ao magrelo quando ele for ao Brasil: QUILOS DE BEIJINHOS DE COCO!!!!:wub2:

 

 

Bom, é isso.

Tou morto de cansaço. Essa semana tá tensa. Hj teve um evento na minha escola e eu tava na organização tb... são 0h06 e eu ainda tou com a roupa que coloquei às 7h40. hahaha

Bom... mas tá valendo. Muito mais do que mereço... de verdade.

Graças a Deus tá sendo um sonho isso tudo. Só Deus sabe como eu queria que vcs estivessem aqui pra dividirmos isso tudo...

:huglove:

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ai gente... como vcs já bem sabem sou uma criatura MUITO lerda, então as coisas precisam de um tempo... não sei como Katia me aguenta, sério.

hahahah

 

Então. Segunda e terça agora, 17 e 18, fui novamente (claro) às gravações do The Voice. No sábado teve também, mas eu tava meio doente, ai acabei não indo...

 

Enfim. O dia 17 foi meio escroto. A gravação demorou muito, Mika tava animado, mas não muito, o M&G tinha uns ~~fãs~~ adolescentes que tavam estéricos, não paravam de gritar. Sério, eles assustaram muito o homi, tadinho. Ele mal saiu do carro e uma galerinha avançou em cima dele, o pobre deu até uns 3 passos pra trás de assustado. Tadinho...

 

Mas a terça... a terça...:mikacool::fisch:

Bom, a terça foi linda. Teve um gosto especial, de verdade. Não só por ser a última gravação do The Voice (:crybaby:), mas pq tava mágico... sei lá. A energia tava muito boa naquele dia. Não dá pra explicar.

A gravação foi ótima, Mika tava super animado com todo. E, claro, eu dançando com outros fãs do magrelo.

:fisch:

Finda a gravação, um frio do cacete, por sinal, fomos pra saída do estacionamento, como habitualmente. Só que, como era a última gravação, ia rolar um ensaio fotográfico e tava rolando uma festinha e corria o risco do magrelo ficar até umas 5h da manhã lá.

Como somos todos um tico retardados, fomos ficando por lá.

No começo tinham umas 30 pessoas esperando, no final éramos nós mais 7, no máximo.

Como tava rolando a festa, e dava pra gente escutar, ficamos dançando feito um bando de retardados... :group_hug:

Sério, só a espera e estar com a galera foi lindo. O pessoal daqui é foda. Só xingando pra traduzir... sorry :teehee:

Ai, umas 3 e pouca da manhã, o lindão aparece. Com uma cara de cansado que dava pra se notar ao longe, o pobre tava com umas olheiras enoooormes. Sério, ele tava bem cansadinho. Vontade de pegar no colo e ninar, que só Deus sabe.

1a coisa que o homi disse: Vocês não dormem não? Nem sentem frio?

A Mélanie respondeu que não e que a gente espantou o frio dançando com a música da festa.

O bicinho tava tão cansado que respondeu sobre a gente dançando lá dentro. Do tipo, ele falando que a gente tava dançando muito (e olhando pra mim agora) e vc eu vi dançando ontem e hoje, adorei!

eu: :shocked:

Depois disso o pessoal foi entregar as coisas pra ele e pegar os autógrafos.

Dessa vez eu levei dois CDs: um do Tom Jobim e outro do Baden Powel.

Na minha vez, entreguei o presente, que tava embalado numa bandeira brasileira impressa. E falei que eram dois albuns de dois grandes músicos brasileiros: Tom Jobim e Baden Powel.

Ele: Ah! Cool! Eu não conheço, mas vou escutar sim (eu: :shocked:). Eu gosto muito do Milton Nascimento também.

Se eu não tivesse travado, teria respondido: EU SEI, LINDO!! SOU TEU FÃ (e adoro o Milton até antes de te conhecer) E EU DE TUDO QUE VC FALA DO MEU PAÍS/ARTISTAS.

 

Bom, o magrelo continuou falando alguma coisa comigo, mas, sinceramente não lembro. Acho que nessa hora meu espírito saiu do meu corpo, pq não lembro... de verdade.

 

Depois, quando voltei pro meu corpo.

O MIKA

AGRADECEU

MEUS

DOCINHOS!!!

 

(Na 2a gravação eu levei brigadeiros e no sábado, que eu tava meio mal, fui até o estúdio e deixei com o pessoal um pote de beijinhos de coco pra dar pro magrelo)

 

e tipo, ele comeu... E ELE DISSE: "J'AI ADORÉ LE BONBON DE NOIX DE COCO!"

"EU

ADOREI

O

DOCINHO

DE

COCO!"

EU> :swoon:

 

tipo... ele comeu os docinhos que fiz com minhas próprias mãos... E ADOROU!

:shocked:

 

sério... fiquei muito embasbacado nessa hora.

:wub2:

 

Agora já sabemos o que dar ao magrelo quando ele for ao Brasil: QUILOS DE BEIJINHOS DE COCO!!!!:wub2:

 

 

Bom, é isso.

Tou morto de cansaço. Essa semana tá tensa. Hj teve um evento na minha escola e eu tava na organização tb... são 0h06 e eu ainda tou com a roupa que coloquei às 7h40. hahaha

Bom... mas tá valendo. Muito mais do que mereço... de verdade.

Graças a Deus tá sendo um sonho isso tudo. Só Deus sabe como eu queria que vcs estivessem aqui pra dividirmos isso tudo...

:huglove:

 

ai Wes, gostaria de ter o dom de escrever como você :wub2:

 

O homi já percebeu que você é tão especial quanto ele hehe

 

Docinhos de coco!!! quem diria um dia isso iria acontecer? e ADOROU

 

Gente isso tudo é muito SURREAL no mínimo

:swoon::swoon::swoon:

 

Vai descansar que ainda vem mais por ai :naughty:

 

:mikalove::huglove:

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ai Wes, gostaria de ter o dom de escrever como você :wub2:

 

O homi já percebeu que você é tão especial quanto ele hehe

 

Docinhos de coco!!! quem diria um dia isso iria acontecer? e ADOROU

 

Gente isso tudo é muito SURREAL no mínimo

:swoon::swoon::swoon:

 

Vai descansar que ainda vem mais por ai :naughty:

 

:mikalove::huglove:

 

Só digo uma coisa: a sra deveria estar aqui... apenassss...

:huglove:

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  • 2 weeks later...

Tradução do artigo do Mika para o Corrieri Della Serra :wink2:

 

MIKA 01-12-2014 / 10:45h

 

'AIDS, Medo não deve vencer!'

 

Na Itália, existem atualmente cerca de 140 mil pessoas que vivem com HIV, 48% de italianos de 16 a 35 anos não praticam sexo seguro.

 

De acordo com uma pesquisa (feita pelo instituto Doxa) estima-se que mais de 35 milhões de pessoas vivem atualmente com o HIV, 19 milhões de infectados não têm idéia de seu status de HIV positivo. Só em 2013, 1,5 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas com o HIV, dos quais 74% (de acordo com a UNAIDS) estavam na África Sub Saharan (regiões africanas ao sul do deserto do Saara) e que o vírus tenha reivindicado 39 milhões de vidas até agora em todo o mundo. Impressas em preto e branco, estas estatísticas de acordo com a OMS são a sexta maior causa de morte no mundo. Pergunte a uma pessoa na rua sobre essas estatísticas e elas provavelmente não terão nenhuma idéia.

 

Ao contrário de outros grandes assassinos, como a doença cardíaca, se você perguntar a um estranho se eles conhecem alguém com HIV eles vão se sentir desconfortáveis. Pergunte-lhes se eles mesmos foram testados e eles provavelmente irão embora. Nenhuma outra doença envolve um número maior de questões sócio políticos. Tradicional intolerância religiosa, a desigualdade econômica, igualdade social, o racismo, a imigração, a homofobia, educação deficiente, falta de virtude; todos estes, não apenas um único destaque quando se fala de HIV, mas são as mesmas coisas, não só prevenir a erradicação de uma doença terrível e evitável, mas impedir que as pessoas tenham acesso aos cuidados e informações que eles realmente precisam. Nenhuma outra doença nos tempos modernos tem levado a tal discriminação maciça contra as pessoas infectadas e os grupos de risco.

 

Já nos tornamos insensíveis aos números de mortos? Será que somos insensíveis a morte de milhões, porque a maioria são pobres, são negros e estão longe?

 

Tal como referido na UNAIDS 'GAP Report, acabar com a epidemia da AIDS é possível, no entanto chegar a esse objetivo final envolve olhar muito mais perto de casa, nos nossos próprios países, nas nossas próprias famílias, e abordar o que mais tememos.

 

Na preparação para este artigo, eu tentei encontrar alguns italianos de 30 ou mais jovens, que estariam dispostos a me contar a sua história e explicar como a vida é para eles como jovens HIV positivos hoje. Eu comecei a minha pesquisa com Julian Fleet, um ex-diretor da ONUSIDA e advogado de direitos humanos. Não é possível adquirir qualquer um através de seus contatos do UNAIDS, Fleet contatou a entidade LILA enquanto eu contatei a entidade CESVI, uma organização humanitária italiana. Entre todos nós, não fomos capazes de encontrar uma única pessoa com idade inferior a 45 dispostos a falar publicamente sobre a sua condição.

 

Na Itália, existem atualmente cerca de 140 mil pessoas vivendo com o HIV. De acordo com pesquisa recente realizada pela DOXA para a CESVI, há sinais de uma complacência crescente entre os jovens italianos, quando se trata de proteger-se do HIV e AIDS. Um surpreendente índice de 48% de italianos de 16 a 35 anos de idade não praticam sexo seguro. Uma grande quantidade deles, alegam que não há necessidade, pois tem uma relação de parceria única estável. Esta justificativa é duvidosa, mas os números tornam-se ainda mais alarmantes quando combinado com a estatística de que apenas 29% declararam nunca terem sido testados para HIV. De acordo com Chiara Magni do CESVI, jovens italianos em comparação com Zimbabwe ou Africa do Sul, são muito menos conscientes das conseqüências do sexo inseguro e muito mais puritanos em admitir o uso de proteção, "Na Itália, existe o estigma, o preconceito, o medo e é algo que não se fala ". "Na Itália, não há educação sexual como no Norte da Europa, não é falado nas escolas e os preservativos ainda são tidos como um instrumento de sexo desviante", diz Alessandra Cerioli, presidente da LILA. "Se uma garota é encontrada transportando um preservativo em uma boate, por exemplo, o que seria um comportamento responsável, ela é ridicularizada e é tida como promíscua."

 

Nos últimos anos, os preservativos tornaram-se quase um símbolo de um comportamento sexual responsável na América. O potenciais elogios e adequada comercialização de proteção parece inexistente na Itália. A comercialização de preservativos e embalagens provou ser tão bem sucedida nos EUA que sua semântica pode ser emprestada para a marca e vender até mesmo goma de mascar, como visto no recente sucesso da marca ‘5 Senses’.

 

Eu, finalmente, encontrei um entrevistado disposto através de amigos em Milão. Um amigo foi capaz de me apresentar a um rapaz de 25 anos que estava disposto a contar sua história.

Eduardo nasceu de uma mãe HIV positiva e antes do seu nascimento, a sua avó trabalhava em um supermercado, roubava dinheiro da caixa registadora e comprava drogas pesadas, como resultado a mãe de Eduardo entrou em contato com as drogas pesadas com a idade de 13 anos.

 

"Quando meu avô descobriu, ele entregou a minha avó, que foi presa e encarcerada. Minha mãe e seu irmão mais novo foram internados em um centro de reabilitação para viciados em heroína, onde permaneceram por 5 anos. Ela tinha apenas 15."

 

Foi lá que a mãe de Eduardo conheceu o seu pai. Eles permaneceram juntos e ela deu à luz com a idade de 24. Durante a gravidez, ela descobriu que era HIV positivo. Quando Eduardo tinha 3 anos, ela morreu de complicações relacionadas com a AIDS. Seu pai permaneceu HIV negativo. Seu status de HIV positivo foi mantido em segredo toda a sua infância. Como resultado da falta de tratamento, ele ficou cego.

 

"Na idade de 6 anos acordei uma manhã e pela noite eu já não podia ver, era como se as luzes tivessem sido desligadas. Lembro de tudo, como se pareciam antes, eu vejo tudo colorido."

 

Até os 15 anos de idade, quando os medicamentos pesquisados que ele estava tomando haviam dito que era para restaurar a visão, quando ele percebeu que de fato tomava antirretrovirais, depois de enfrentar seu pai e saber o passado de sua mãe e sua condição de HIV+.

 

"Em vez de manter o silêncio, como o meu pai me pediu para fazer, eu contei a minha amiga mais próxima. Nós estávamos compartilhando um cigarro e lhe expliquei tudo, ela me devolveu o cigarro e mais tarde naquele dia, pediu para se confessar ao padre da escola, ela confessou o pecado de ter compartilhado um cigarro com um rapaz com HIV+. Ela disse a ele o meu nome e ele deu sua penitência, depois o padre convocou uma reunião com todos os representantes das escolas. Ele disse a minha história. Fui questionado para saberem seu eu estava mentindo, como estudante com HIV + isso representaria um risco enorme para meus colegas. Eu disse a eles que eu estava mentindo, que eu estava com raiva porque era cego e queria atenção e eu pedi perdão.”

 

Nos 3 anos seguintes, Eduardo não falou com ninguém em sua classe, já que não confiavam nele, e foi nessa época que Eduardo percebeu que era gay.

 

"Eu tive que ser discreto, na minha situação, você está falando sobre a cegueira, a homossexualidade e HIV+, tudo ao mesmo tempo. É um cocktail difícil".

 

Nenhuma dessas questões na vida de Eduardo foram resultado de suas ações ou opções. Seu isolamento social é totalmente injustificado, e a vergonha que sente deve ser o nossa e daqueles em posições de autoridade durante a sua adolescência. Os abusos de poder de alguns sacerdotes e algumas escola são impossíveis de se justificar. Hoje eu me sento com Eduardo, que recentemente se formou em Psicologia.

Pergunto por que ele está aqui, por que depois de anos de sigilo, ele escolheu falar comigo, com tantas conseqüências públicas.

 

"Eu estou aqui porque eu sou curioso. Eu acho que se você não falar sobre algo, isso não existe, estamos em 2014 e ainda existem muitas pessoas que não conseguem imaginar que existem casos como o meu. Se eu falar sobre minha situação, eu torno essas questões reais e vejo agora que eu posso dar às pessoas a oportunidade de ampliar seus conhecimentos e tolerância a estas questões."

 

Eu pergunto se ele se identifica como um homem HIV +.

 

"A primeira coisa que as pessoas têm de lidar comigo, é minha cegueira", diz ele ", e depois, a minha homossexualidade."

Eu não posso ajudar, mas me sinto triste por ele, embora ele considera sua não identificação de um homem HIV + como uma força, eu acho que nunca foi uma opção. "Você faz parte de uma comunidade de pessoas seropositivas?", Pergunto e ele responde não. "O Dia Mundial da AIDS é importante para você?", Ele diz que não, "você sabe o que significa o dia mundial da AIDS?" "Não", ele diz: "Eu nunca fiz parte disso".

"Ser abertamente HIV+ na Itália não é simples, porque você ainda é visto por muitos como uma pessoa de comportamento depravado", diz Alessandra Cerioli. "Ao descobrir seu estado, as pessoas costumam se auto discriminar. Nós (LILA) precisamos de pessoas que venham e falem para lutar contra a discriminação no local de trabalho. Nós até tivemos dois casos de homens despedidos de uma companhia aérea europeia por serem HIV+ e estávamos prontos para processar a companhia e ganhar em nome dos ex-funcionários, mas eles se recusaram, por medo de ir a público com sua condição. "

 

"Estou feliz que nós conversamos" Eu digo a Eduardo, sentado no sofá do meu apartamento em Milão ", a sua história é humana, dura e complicada, mas as pessoas que não têm a sua condição vão entender"

Ele me diz que está assustado, digo a ele que está certo, que ele é um dos primeiros homens jovens contando sua história em público, na Itália. Ele percebe isso e sabe que é importante ", mas neste instante", continua ele, eu não posso negar que tenho vergonha e medo".

 

O medo só é derrotado quando confrontado. Neste Dia Mundial da AIDS, esta pessoa de 25 anos de idade com sua história, é uma lembrança marcante das consequências da discriminação e do isolamento. Sua vida já foi mais cheia de desafios que eu jamais terei que enfrentar no resto da minha. Seu futuro é otimista, mas cheio de termos e condições. O seu país, a sua igreja, o seu local de trabalho e seus amigos devem ser, antes de mais nada, fontes de apoio e força, qualquer outra coisa seria totalmente desumano. Como podemos ajudar a sério e corrigir a epidemia devastadora nas regiões africanas, que devasta jovens mulheres, crianças e homens, se não podemos tolerar o mesmo problema à nossa porta?

 

https://www.facebook.com/notes/mika-fan-club-brasil/mika-artigo-no-corrieri-della-sera-it%C3%A1lia-dia-mundial-da-aids-aids-medo-n%C3%A3o-deve/745130565579065

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Tradução do artigo do Mika para o Corrieri Della Serra :wink2:

 

MIKA 01-12-2014 / 10:45h

 

'AIDS, Medo não deve vencer!'

 

Na Itália, existem atualmente cerca de 140 mil pessoas que vivem com HIV, 48% de italianos de 16 a 35 anos não praticam sexo seguro.

 

De acordo com uma pesquisa (feita pelo instituto Doxa) estima-se que mais de 35 milhões de pessoas vivem atualmente com o HIV, 19 milhões de infectados não têm idéia de seu status de HIV positivo. Só em 2013, 1,5 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas com o HIV, dos quais 74% (de acordo com a UNAIDS) estavam na África Sub Saharan (regiões africanas ao sul do deserto do Saara) e que o vírus tenha reivindicado 39 milhões de vidas até agora em todo o mundo. Impressas em preto e branco, estas estatísticas de acordo com a OMS são a sexta maior causa de morte no mundo. Pergunte a uma pessoa na rua sobre essas estatísticas e elas provavelmente não terão nenhuma idéia.

 

Ao contrário de outros grandes assassinos, como a doença cardíaca, se você perguntar a um estranho se eles conhecem alguém com HIV eles vão se sentir desconfortáveis. Pergunte-lhes se eles mesmos foram testados e eles provavelmente irão embora. Nenhuma outra doença envolve um número maior de questões sócio políticos. Tradicional intolerância religiosa, a desigualdade econômica, igualdade social, o racismo, a imigração, a homofobia, educação deficiente, falta de virtude; todos estes, não apenas um único destaque quando se fala de HIV, mas são as mesmas coisas, não só prevenir a erradicação de uma doença terrível e evitável, mas impedir que as pessoas tenham acesso aos cuidados e informações que eles realmente precisam. Nenhuma outra doença nos tempos modernos tem levado a tal discriminação maciça contra as pessoas infectadas e os grupos de risco.

 

Já nos tornamos insensíveis aos números de mortos? Será que somos insensíveis a morte de milhões, porque a maioria são pobres, são negros e estão longe?

 

Tal como referido na UNAIDS 'GAP Report, acabar com a epidemia da AIDS é possível, no entanto chegar a esse objetivo final envolve olhar muito mais perto de casa, nos nossos próprios países, nas nossas próprias famílias, e abordar o que mais tememos.

 

Na preparação para este artigo, eu tentei encontrar alguns italianos de 30 ou mais jovens, que estariam dispostos a me contar a sua história e explicar como a vida é para eles como jovens HIV positivos hoje. Eu comecei a minha pesquisa com Julian Fleet, um ex-diretor da ONUSIDA e advogado de direitos humanos. Não é possível adquirir qualquer um através de seus contatos do UNAIDS, Fleet contatou a entidade LILA enquanto eu contatei a entidade CESVI, uma organização humanitária italiana. Entre todos nós, não fomos capazes de encontrar uma única pessoa com idade inferior a 45 dispostos a falar publicamente sobre a sua condição.

 

Na Itália, existem atualmente cerca de 140 mil pessoas vivendo com o HIV. De acordo com pesquisa recente realizada pela DOXA para a CESVI, há sinais de uma complacência crescente entre os jovens italianos, quando se trata de proteger-se do HIV e AIDS. Um surpreendente índice de 48% de italianos de 16 a 35 anos de idade não praticam sexo seguro. Uma grande quantidade deles, alegam que não há necessidade, pois tem uma relação de parceria única estável. Esta justificativa é duvidosa, mas os números tornam-se ainda mais alarmantes quando combinado com a estatística de que apenas 29% declararam nunca terem sido testados para HIV. De acordo com Chiara Magni do CESVI, jovens italianos em comparação com Zimbabwe ou Africa do Sul, são muito menos conscientes das conseqüências do sexo inseguro e muito mais puritanos em admitir o uso de proteção, "Na Itália, existe o estigma, o preconceito, o medo e é algo que não se fala ". "Na Itália, não há educação sexual como no Norte da Europa, não é falado nas escolas e os preservativos ainda são tidos como um instrumento de sexo desviante", diz Alessandra Cerioli, presidente da LILA. "Se uma garota é encontrada transportando um preservativo em uma boate, por exemplo, o que seria um comportamento responsável, ela é ridicularizada e é tida como promíscua."

 

Nos últimos anos, os preservativos tornaram-se quase um símbolo de um comportamento sexual responsável na América. O potenciais elogios e adequada comercialização de proteção parece inexistente na Itália. A comercialização de preservativos e embalagens provou ser tão bem sucedida nos EUA que sua semântica pode ser emprestada para a marca e vender até mesmo goma de mascar, como visto no recente sucesso da marca ‘5 Senses’.

 

Eu, finalmente, encontrei um entrevistado disposto através de amigos em Milão. Um amigo foi capaz de me apresentar a um rapaz de 25 anos que estava disposto a contar sua história.

Eduardo nasceu de uma mãe HIV positiva e antes do seu nascimento, a sua avó trabalhava em um supermercado, roubava dinheiro da caixa registadora e comprava drogas pesadas, como resultado a mãe de Eduardo entrou em contato com as drogas pesadas com a idade de 13 anos.

 

"Quando meu avô descobriu, ele entregou a minha avó, que foi presa e encarcerada. Minha mãe e seu irmão mais novo foram internados em um centro de reabilitação para viciados em heroína, onde permaneceram por 5 anos. Ela tinha apenas 15."

 

Foi lá que a mãe de Eduardo conheceu o seu pai. Eles permaneceram juntos e ela deu à luz com a idade de 24. Durante a gravidez, ela descobriu que era HIV positivo. Quando Eduardo tinha 3 anos, ela morreu de complicações relacionadas com a AIDS. Seu pai permaneceu HIV negativo. Seu status de HIV positivo foi mantido em segredo toda a sua infância. Como resultado da falta de tratamento, ele ficou cego.

 

"Na idade de 6 anos acordei uma manhã e pela noite eu já não podia ver, era como se as luzes tivessem sido desligadas. Lembro de tudo, como se pareciam antes, eu vejo tudo colorido."

 

Até os 15 anos de idade, quando os medicamentos pesquisados que ele estava tomando haviam dito que era para restaurar a visão, quando ele percebeu que de fato tomava antirretrovirais, depois de enfrentar seu pai e saber o passado de sua mãe e sua condição de HIV+.

 

"Em vez de manter o silêncio, como o meu pai me pediu para fazer, eu contei a minha amiga mais próxima. Nós estávamos compartilhando um cigarro e lhe expliquei tudo, ela me devolveu o cigarro e mais tarde naquele dia, pediu para se confessar ao padre da escola, ela confessou o pecado de ter compartilhado um cigarro com um rapaz com HIV+. Ela disse a ele o meu nome e ele deu sua penitência, depois o padre convocou uma reunião com todos os representantes das escolas. Ele disse a minha história. Fui questionado para saberem seu eu estava mentindo, como estudante com HIV + isso representaria um risco enorme para meus colegas. Eu disse a eles que eu estava mentindo, que eu estava com raiva porque era cego e queria atenção e eu pedi perdão.”

 

Nos 3 anos seguintes, Eduardo não falou com ninguém em sua classe, já que não confiavam nele, e foi nessa época que Eduardo percebeu que era gay.

 

"Eu tive que ser discreto, na minha situação, você está falando sobre a cegueira, a homossexualidade e HIV+, tudo ao mesmo tempo. É um cocktail difícil".

 

Nenhuma dessas questões na vida de Eduardo foram resultado de suas ações ou opções. Seu isolamento social é totalmente injustificado, e a vergonha que sente deve ser o nossa e daqueles em posições de autoridade durante a sua adolescência. Os abusos de poder de alguns sacerdotes e algumas escola são impossíveis de se justificar. Hoje eu me sento com Eduardo, que recentemente se formou em Psicologia.

Pergunto por que ele está aqui, por que depois de anos de sigilo, ele escolheu falar comigo, com tantas conseqüências públicas.

 

"Eu estou aqui porque eu sou curioso. Eu acho que se você não falar sobre algo, isso não existe, estamos em 2014 e ainda existem muitas pessoas que não conseguem imaginar que existem casos como o meu. Se eu falar sobre minha situação, eu torno essas questões reais e vejo agora que eu posso dar às pessoas a oportunidade de ampliar seus conhecimentos e tolerância a estas questões."

 

Eu pergunto se ele se identifica como um homem HIV +.

 

"A primeira coisa que as pessoas têm de lidar comigo, é minha cegueira", diz ele ", e depois, a minha homossexualidade."

Eu não posso ajudar, mas me sinto triste por ele, embora ele considera sua não identificação de um homem HIV + como uma força, eu acho que nunca foi uma opção. "Você faz parte de uma comunidade de pessoas seropositivas?", Pergunto e ele responde não. "O Dia Mundial da AIDS é importante para você?", Ele diz que não, "você sabe o que significa o dia mundial da AIDS?" "Não", ele diz: "Eu nunca fiz parte disso".

"Ser abertamente HIV+ na Itália não é simples, porque você ainda é visto por muitos como uma pessoa de comportamento depravado", diz Alessandra Cerioli. "Ao descobrir seu estado, as pessoas costumam se auto discriminar. Nós (LILA) precisamos de pessoas que venham e falem para lutar contra a discriminação no local de trabalho. Nós até tivemos dois casos de homens despedidos de uma companhia aérea europeia por serem HIV+ e estávamos prontos para processar a companhia e ganhar em nome dos ex-funcionários, mas eles se recusaram, por medo de ir a público com sua condição. "

 

"Estou feliz que nós conversamos" Eu digo a Eduardo, sentado no sofá do meu apartamento em Milão ", a sua história é humana, dura e complicada, mas as pessoas que não têm a sua condição vão entender"

Ele me diz que está assustado, digo a ele que está certo, que ele é um dos primeiros homens jovens contando sua história em público, na Itália. Ele percebe isso e sabe que é importante ", mas neste instante", continua ele, eu não posso negar que tenho vergonha e medo".

 

O medo só é derrotado quando confrontado. Neste Dia Mundial da AIDS, esta pessoa de 25 anos de idade com sua história, é uma lembrança marcante das consequências da discriminação e do isolamento. Sua vida já foi mais cheia de desafios que eu jamais terei que enfrentar no resto da minha. Seu futuro é otimista, mas cheio de termos e condições. O seu país, a sua igreja, o seu local de trabalho e seus amigos devem ser, antes de mais nada, fontes de apoio e força, qualquer outra coisa seria totalmente desumano. Como podemos ajudar a sério e corrigir a epidemia devastadora nas regiões africanas, que devasta jovens mulheres, crianças e homens, se não podemos tolerar o mesmo problema à nossa porta?

 

https://www.facebook.com/notes/mika-fan-club-brasil/mika-artigo-no-corrieri-della-sera-it%C3%A1lia-dia-mundial-da-aids-aids-medo-n%C3%A3o-deve/745130565579065

 

ahhh Mika...

:wub2::wub2::wub2:

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